terça-feira, 25 de junho de 2019

Ninguém para essa Tormenta (Tormenta20)


Olá pessoal. Mas o que é isso que está acontecendo diante de nossos olhos?! Está acontecendo tão rápido que não estamos conseguindo entender direito, mas uma coisa nós sempre soubemos: o RPG tem muito potencial, e o sucesso de Tormenta20 está mostrando isso com todo o poder e fúria de uma tormenta. O sucesso de mais de 1 milhão!!!

Pra quem ainda não sabe, Tormenta20 é uma campanha de financiamento coletivo lançada no Catarse em comemoração aos 20 anos de aniversário do cenário. Os apoiadores do projeto receberão o livro Tormenta 20, que será lançado no início de 2020, mais uma série de prêmios extras.

Tormenta20 virá com acabamento de luxo com capa dura, papel de qualidade, colorido e etc. Será um livro de RPG completo com todo conteúdo necessário para se jogar servindo tanto para iniciantes quanto para veteranos.

Desde seu início do financiamento coletivo o projeto tormenta20 não para de crescer e mostrar a todos, até mesmo àqueles rpgistas que achavam o RPG "morto" no Brasil, que nosso querido hobby está mais vivo do que nunca. Tormenta RPG mostra todo o seu potencial, sua qualidade e sua história incrível que já marcou presença garantida nas mesas rpgisticas dos brasileiros.

Atualmente o projeto já está bateu recordes e recentemente alcançou a espetacular marca de mais de 1 milhão de reais em arrecadação!!!

Vamos jogar RPG galera. Colocar nossa imaginação e criatividade para trabalhar, pois tormenta20 mostrou a todos que com trabalho duro é possível chegar lá.

Ninguém segura essa Tormenta.

Para apoiar o projeto e fazer parte desse momento histórico no cenário nacional de RPG é só clicar no link abaixo e deixar sua contribuição. Corre que ainda dá tempo.




segunda-feira, 17 de junho de 2019

Leitura Imperdível: O Mundo Fantástico de H. P. Lovecraft




Título: O Mundo Fantástico de H. P. Lovecraft
Autor: H. P. Lovecraft, organizado por Denilson E. Ricci
Editora: Clock Tower
Páginas: 382


O Mundo Fantástico de H. P. Lovecraft é uma antologia de contos, poesia, cartas e muitos detalhes da vida e obra deste grande autor que deixou sua marca no universo do horror, influenciando toda uma geração de escritores, cineastas e leitores de suas obras.

Um detalhe muito importante nesta obra é a biografia do Lovecraft, pois trata-se de uma biografia bem elaborada e que teve o cuidado de revelarem vários dos momentos marcantes da vida do autor.

O chamado de Chutulu é a primeira história e já impacta o leitor com uma narrativa densa e rica em detalhes, o início pode ser um pouco difícil para leitores não acostumados com a forma de escrever do autor. Eu tive um pouco de dificuldade em muitos momentos da leitura, mas nada que tornasse a história chata. A leitura vai ficando melhor a cada página virada. O Chamado de Chtulhu é uma história fantástica, mas cuidado para não perder a sanidade com os relatos contidos nesse conto.

Os outros contos presentes na obra, além de O chamado de Cthulhu são: O Festival, A História do Necronomicon, A Cidade sem Nome, O Descendente, Sonhos na Casa da Bruxa, O Horror de Dunwich, A Busca de Iranon, O Forasteiro, O Inominável, A Sombra em Innsmouth, O Sabujo, Um Sussurro na Escuridão, O Depoimento de Randolph Carter e por último O Habitante das Trevas.

Howard Philips Lovecraft sem dúvida alguma é um autor fenomenal. Apesar de não ter sido reconhecido em vida, como o grande autor que é, seu nome está marcada na história.

Sua maneira de escrever é simplesmente algo incrível, pois consegue prender a atenção do leitor do início ao fim de cada conto. Lovecraft sabe como ninguém usar as palavras para despertar o medo que há escondido no interior de cada um, o medo do desconhecido.

Uma das melhores coisas que já li. Não vejo a hora de conseguir outras obras com as demais histórias do autor. Essa edição da Editora Clock Tower é fantástica, parabéns aos envolvidos.



quarta-feira, 12 de junho de 2019

Conto: A Flecha, por W. Valek


A Flecha

Meus primeiros dias de vida foram em cima de uma grande árvore. De lá, eu via toda floresta, os Pinheiros altivos cravados na terra marrom escura, via como eram fortes suas raízes e como era bonito a dança da sua ponta ao vento. Vários animais dependiam do pinheiro para viver, muitos moravam nele, ou apenas descansavam de uma longa viagem; o rei da floresta ele era.

De dia pássaros cantavam suas melodias para o rei, os pica paus limpavam de sua casca os vermes, e a noite a curuja cantava em uma solitária e longa nota, embalando sua majestade. Até mesmo o céu era seu vassalo, dando-lhe um leve orvalho para aplacar a sede de um dia de sol. 

De minha morada o topo do Carvalho, contemplei por várias vezes humanos brincarem na nossa floresta, seus risos faziam feliz o Pinheiro e sua corte real. E um belo dia eu caí, pisoteado pelas crianças, afundei na terra húmida, tudo escuro, frio e muito medo, era o primeiro abraço da mãe terra jord. A terra se encheu de água da chuva de Thor, e o pai de todos Odin, disse que assim seja. 

Como por magia eu sai da terra, era alto, não mais uma bolota, eu era um pequeno carvalho. O tempo passou, passou e passou. As crianças e eu crescíamos  juntos, eu agora era mais alto que elas, que não brincavam mais da mesmo forma, se enamoravam na corte do rei, e eu também já espalhava meus descendentes no ar para virarem bolotas e um dia serem um poderoso carvalho.

Agora sou adulto, nunca mais vi as crianças, até um dia em que o menino agora homem veio até mim. Me observou como um velho amigo, e mais uma vez me levou ao chão, seu machado foi impiedoso e cruel. Me arrastou até sua casa em pedaços e me jogou no fogo, muito de mim fora perdido. Outras partes ele mutilou e moldou numa espécie de vareta que adornou com penas e uma ponta de metal. O homem me mataria aos poucos, mas para compreender tamanha maldade, permaneci vivo numa pequena parte de mim, para ver tal propósito. 

Antes tivessem  Fui atirado várias vezes no ar, voando e rodopiando como um pássaro, trespassei vários animais e seu sangue morno me cobria toda vez. Não mais eu trazia vida e abrigo, agora eu era a morte alada do homem.

Um certo dia voei na direção de um homem eu voei, asas negras de corvo me guiaram certeiro na pele de um homem. Meu mais terrível golpe direto por seu coração podia sentí-lo batendo e babando sangue na minha madeira. Fui partido ao meio pelo homem ferido que armado com seu machado derrubou o menino homem que outrora conheci, e ali, em meio ao sangue e loucura, perecemos juntos. Num último alento meu pude ver no reflexo de seus olhos mortos o rei Pinheiro em sua Glória, então eu soube, que os homens passarão mas o rei alí para sempre estará.
    
W. Valek


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